São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994
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Japão pode aceitar santuário de baleias

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Japão pode aceitar a criação de um santuário na Antártida onde seja proibido caçar baleias, informou ontem um funcionário do Ministério da Pesca.
Os 40 delegados da Comissão Baleeira Internacional vão se encontrar a partir do dia 23 no México para discutir a proposta do santuário, feita pela França em 1992.
"O governo japonês está estudando uma contraproposta", disse o funcionário do Ministério da Pesca do Japão.
A proposta original francesa proíbe por tempo indeterminado a caça comercial às baleias abaixo de 40 graus de latitude sul.
Segundo o grupo ambientalista Greenpeace, ela deve obter o apoio de três quartos dos países, necessário para sua aprovação.
A proposta é apoiada por EUA, Austrália, Nova Zelândia, Espanha Reino Unido, Holanda e Brasil. Noruega e Japão se opõem.
O Japão aceitaria um santuário de área menor, onde a caça às baleias-minkes fosse autorizada.
Há mais de 700 mil baleias-minkes que, segundo o Japão, competem com espécies ameaçadas de extinção, como a baleia-azul.
O ministro das Relações Exteriores do Chile, Carlos Figueroa, disse que seu país também deve fazer uma contraproposta.
Para o Chile, a área de proibição deve se restringir ao local de alimentação das baleias, abaixo de uma linha que passa entre os paralelos 54 e 62.
A Dinamarca informou ser favorável ao santuário, embora defenda a captura de baleias menores no hemisfério Norte.
O Japão, maior consumidor mundial de carne de baleia, é o único país que ainda caça os mamíferos no hemisfério Sul.
O país está autorizado a pegar 300 baleias-minkes por ano, para fins científicos.

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