São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994
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Prefeitura de Campos do Jordão estima prejuízo em US$ 1 milhão

DA FOLHA VALE

O forte vento que atingiu Campos do Jordão na noite de segunda-feira causou um prejuízo estimado pela prefeitura em US$ 1 millhão (CR$ 1,6 bilhão).
A rajada de vento derrubou 500 árvores, danificou outras 100, destelhou casas, desabou um barraco, deixou 8.000 pessoas sem energia elétrica e 400 casas sem telefone.
O prefeito João Paulo Ismael (PMDB) afirmou que na sexta-feira à tarde terá uma reunião com o governador Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB) para discutir uma ajuda para sanar os prejuízos.
Até ontem à tarde funcionários da prefeitura continuavam trabalhando na limpeza das ruas. A energia e os telefones voltaram a funcionar ontem de manhã.
O responsável pela Empresa Municipal de Habitação, Jorge Bretas Gonçalves, que estava ajudando na coordenação da retirada das árvores caídas, disse que o serviço deve demorar até sexta-feira.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Josias Marques Coutinho, a prefeitura não pode cortar as outras cem árvores danificadas porque Campos é considerada área de preservação ambiental. Antes do corte, a Polícia Florestal precisa vistoriar o local.
O diretor geral do DPRN (Departamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais), Antomar Viegas de Carvalho, afirmou que um técnico do departamento chega hoje a Campos para vistoriar e autorizar o corte das árvores.
O forte vento também deixou prejuízo no comércio da cidade. O proprietário da banca de revistas Abernéssia, Lélio Pupio, registrou uma perda de CR$ 4 milhões. O vento destruiu parte de sua banca e levou metade de suas revistas.
Em Leme e Pirassununga, na região sudeste do Estado, os agricultores tiveram perdas nas plantações de feijão, milho e cana devido a um vendaval ocorrido sábado.
Segundo a engenheira agrônoma da Casa de Agricultura de Leme, Teresa Cristina Bonafé Gaspar Ruas, 40, amanhã começará a ser feito um levantamento das perdas.

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