São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994
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Hotéis `fisgam' paulistano pela boca

DA REPORTAGEM LOCAL

Os principais hotéis de São Paulo estão fazendo promoções gastronômicas em seus restaurantes.
La Cuisine du Soleil, um dos cinco restaurantes do Maksoud Plaza, abre hoje um festival de comida da Úmbria, região central da Itália. O evento vai até o dia 28, só à noite, e custa US$ 35 por pessoa.
Os dois restaurantes do Sheraton Mofarrej, o Vivaldi e o Christine's, fazem entre 6 e 12 de junho um festival de culinária e cultura tailandesa.
Os restaurantes Pátio, do São Paulo Hilton, e Braseiro, do Brasilton, estão realizando uma promoção gastronômica de pratos à base de salmão.
Com esses festivais, que já ocorrem há alguns anos, os hotéis 5 estrelas de São Paulo procuram combater a idéia que restaurantes de hotéis só servem comida impessoal e que são mais caros que as casas convencionais.
A estratégia tem funcionado. Hoje em dia, por exemplo, não mais que 25% dos clientes dos três restaurantes do Caesar Park são hóspedes do hotel.
Muitos hotéis (veja quadro ao lado) ainda rotulam seus restaurantes como sendo de "cozinha internacional" –uma maneira de agradar hóspedes gregos e troianos.
Outros, como o Maksoud, Caesar Park e Transamérica, além do tradicional Ca'd'Oro, apostam na especialização.
Os restaurantes dos 5 estrelas oferecem, segundo seus frequentadores, uma série de vantagens em relação aos restaurantes normais.
"Gosto de comer em restaurante de hotel porque, por alguns minutos, me sinto fora do Brasil. Aqui tem toda uma internacionalidade", diz a figurinista Biba Arruda, enquanto janta no Mariko, o restaurante japonês do Caesar Park.
"Acho que é mais seguro jantar em restaurante de hotel. Veja quantos seguranças há lá na porta. Você usufrui da segurança do hotel", diz Mair Bonassi, executivo da Sadia, no Mariko.
"Os restaurantes de hotéis dão atenção especial ao cliente, como se servissem um hóspede", diz o comerciante Adib Thomé, na Brasserie Bela Vista, do Maksoud.
"A espera, quando existe em hotel, é mais agradável. Não precisa ficar esperando na rua, como no Famiglia Mancini", diz a estudante Daniela Pereira Lopes.

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