São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 1994
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Museu de história antiga é o melhor da cidade

Coleções de arte privilegiam arte barroca e moderna

MURILO GABRIELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Não foi só capital política da Alemanha que Berlim voltou a ser com a queda de seu muro.
O ano de 1989 guindou novamente a cidade à condição de capital cultural do país, ao rejuntar seus quase 50 museus.
A diversidade marca esses espaços culturais. A arte européia convive na cidade com exemplares de arte egípcia, oriental, indiana e árabe.
São vários os museus de história. Há espaços dedicados ao cinema, tecnologia, botânica e às tentativas de fuga da Alemanha Oriental pelo muro.
O museu mais famoso de Berlim fica no lado leste da cidade. Trata-se do Pergamom-Museum, que trata da história antiga da Ásia Menor e Mesopotâmia.
Em seus imensos salões neo-clássicas estão expostos monumentos inteiros, como o altar de Pérgamo (qua dá nome ao museu), o de Mileto e a porta de Ishtar (uma reprodução erguida sobre alguns tijolos originais do portal babilônico).
Ainda para apreciadores de história antiga, Berlim tem em sua porção leste os quase vizinhos Ãgyptisches Museum (que possui peças egípcias das primeiras dinastias até os reis ptolemaicos) e Antkienmuseum, que versa sobre história antiga, principalmente grega.
A grande estrela dessas coleções é o busto da rainha egípcia Nofretete, do século 14 a.C.
Na mesma rua dos museus de história antiga está o palácio Charlottenburg, residência dos condes da região.
Além do rico mobiliário e do interesse arquitetônico, o palácio apresenta algumas pinturas de grandes mestres franceses, como Watteau e David.
A pintura, porém, tem seu ponto alto em Berlim na Gamãldegalerie. Sua coleção privilegia a pintura alemã, italiana, flamenga e holandesa, da Idade Média ao Barroco.
É lá que está exposto o célebre "O Homem do Elmo Dourado", considerada uma das obras-primas de Rembrandt até ter sua autoria contestada na década passada (foi depois atribuída a um de seus discípulos).
Já a Nationalgalerie expõe arte do século 19 e 20, do impressionismo de Cézanne ao expressionismo de Munch, dos grupos "Blauen Reiter" e "Brcke" a esculturas de Calder e Max Ernst.
A arte encontra morada em diversos outros pequenos museus e galerias espalhados pelo centro da metrópole.
Para quem tem pouco tempo para imergir totalmente na cultura, um roteiro mínimo incluiria, ainda, fora os museus já citados, o Bauhaus-Archiv.
Trata-se da exposição de utensílios domésticos, maquetes e pinturas dos componentes da famosa escola de arquitetura, design e arte germânica, a Bauhaus.

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