São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fipe registra recuo da inflação em SP

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A taxa de inflação teve forte recuo em São Paulo na segunda quadrissemana de maio, conforme dados divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.
Os aumentos menores nos preços de alimentos, aluguel e combustíveis derrubaram a taxa para 45,14%, contra 46,50% na quadrissemana anterior.
A taxa quadrissemanal de inflação provém sempre da comparação média dos preços dos últimos 30 dias em relação aos 30 imediatamente anteriores.
A segunda quadrissemana compara preços de 16 de abril a 16 de maio com a média de 16 de março a 15 de abril.
Juarez Rizzieri, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor, diz que a queda foi expressiva e ocorreu devido à perda generalizada de ritmo dos alimentos.
Os paulistanos pagaram 39,79% pelos alimentos no período, abaixo dos 44,4% de abril. É a primeira vez em nove semanas que os alimentos sobem menos de 40%.
A maior queda ocorreu entre os produtos semi-elaborados, que subiram 33,56% na segunda quadrissemana, contra 37,65% na primeira, apurou a Fipe.
A carne foi a principal responsável pela queda, o que deve continuar ocorrendo nas próximas semanas, prevê Rizzieri. O produto está com alta de 27,6%.
A perda de ritmo também ocorre entre os produtos industrializados, que estão com elevação de 49,2%. Em abril, a alta foi de 51,69%.
A pressão menor de aluguéis ocorreu porque houve redução no total de renovação de contratos neste mês. A variação média está em 47,08%, contra 51% em abril.
As maiores pressões na última semana vieram de vestuário. A Fipe registrou alta de 65,7%. A taxa deve ter atingido seu ponto mais elevado, diz Rizzieri.
Os demais setores pesquisados pela Fipe também tiveram taxa menor: saúde, 44,49%; educação, 44,58%; despesas pessoais, 46,92% e transportes, 44,97%.
A taxa de inflação de maio deve fechar o mês próxima a 45%, prevê Rizzieri.
A Fipe divulgou também a variação dos preços em cruzeiros reais convertidos em URV. Os preços superaram em 1,23% o indexador. Em abril a taxa foi de 2,6%.

Texto Anterior: NTNs podem gerar perdas de US$ 840 mi
Próximo Texto: Governo pode voltar a subir a alíquota sobre pneus
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.