São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994
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PFL define apoio a Covas; PTB é dúvida

<FT:"MS SANS SERIF",SN>AMÉRICA MARTINS; CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL

O PFL paulista fechou um acordo com o PSDB e decidiu apoiar a candidatura do senador tucano Mário Covas ao governo do Estado de São Paulo.
O presidente estadual do PFL, Antonio Cabrera, abriu mão de ser o candidato a vice na chapa de Covas. Ele aceitou um convite para coordenar a parte de política agrícola da campanha do candidato do PSDB à Presidência, senador Fernando Henrique Cardoso (SP).
O anúncio do apoio do PFL a Covas foi feito ontem, na sede do partido em São Paulo.
Estavam presentes FHC, seu candidato a vice, Guilherme Palmeira, Covas, Cabrera e os presidentes nacionais dos dois partidos, Pimenta da Veiga (PSDB) e Jorge Bornhausen (PFL).
Até o final da tarde de ontem, Covas não havia fechado um acordo com PTB, que permitiria a repetiação, em São Paulo, da aliança que apóia a candidatura de FHC (PSDB, PFL e PTB).
Também não havia definição sobre quem será o vice de Covas. É certo que ele será do PSDB.
O presidente do PTB em São Paulo, Dorival de Abreu, disse que "está muito difícil" chegar a um acordo no Estado.
Ele lembrou que o PTB é o segundo partido em São Paulo e gostaria de indicar o vice de Covas -hipótese praticamente descartada.
Mesmo com as dificuldades, o candidato tucano disse acreditar num acordo antes da convenção que o PSDB realiza hoje. Covas foi aplaudido na convenção do PTB que aprovou o apoio a FHC.
No PSDB, a disputa pelo cargo de vice está entre o ex-ministro do Trabalho, Walter Barelli, e o presidente regional do partido, deputado Geraldo Alckmin.
Não estava definido ainda quem será o outro candidato da coligação ao Senado. O PSDB já indicou o deputado José Serra (SP) para uma das duas vagas. O outro nome deve ser indicado pelo PFL.
As negociações entre PSDB e PFL consumiram seis reuniões. Cabrera, 32, não abria mão de ser o candidato vice, já que ele não pode ser indicado para o Senado por não ter a idade mínima exigida para o cargo –35 anos.
Covas preferiu um nome do próprio PSDB e barrou uma indicação do PFL. Antes do acordo final, Cabrera já tinha anunciado que lançaria sua candidatura ao governo, rompendo no Estado a coligação nacional dos dois partidos.
FHC não confirmou que Cabrera venha a ser seu ministro da Agricultura, caso ele seja eleito. O convite ao ex-ministro revela a preocupação do PSDB em elaborar um programa agrícola para tentar fazer frente às propostas do PT.
(América Martins e Cláudia Trevisan, da Reportagem Local)

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