São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994
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Poupador pretende mudar

JRC
DA REDAÇÃO

O contingente de 66% dos paulistanos que têm algum dinheiro hoje na poupança vai emagrecer para 55% com o Plano Real. Segundo a pesquisa do Datafolha, abandonarão as cadernetas principalmente os que ganham mais de 10 salários mínimos.
Nesta faixa de renda encontram-se concentrados na poupança, hoje, 68% dos entrevistados. Com o real, a porcentagem cai para 50%.
A poupança, entretanto, deverá manter rentabilidade positiva na virada para o real.
A segunda aplicação no ranking do dinheiro pós-real é o fundão. A fatia dos que investem nos FAF deve subir, segundo o Datafolha, de 17% hoje para 22% após 1º de julho.
Esta é a opção típica de quem prefere liquidez à rentabilidade, mas ignora que as taxas do FAF são as mais baixas do mercado e que o resgate diário, após o real, perderá suas vantagens atuais.
Contra as regras do plano de estabilização caminham também os que apostam no dólar. Em empate com a inflação antes da chegada do real, a moeda americana deve permanecer com variação congelada durante os três primeiros meses do ano, como promete o governo. Há uma lógica por trás de um péssimo negócio –a de quem acredita que o Plano Real vai dar errado, e logo.
Segundo o Datafolha, 8% dos paulistanos investem em CDBs agora. 11% dos entrevistados darão preferência a estes papéis, à espera de que as taxas de juros subam mais.
Pretendem deixar seu dinheiro nos fundos de commodities com a nova moeda 12% dos entrevistados. Outra opção bastante rentável, segundo os analistas financeiros, os fundos obtêm hoje a preferência de 7% dos paulistanos. A proporção dos que preferem o ouro sobe de 1% para 8%.

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