São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994
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MARCELO DAMATO

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando, em meados de 1991, Zagalo foi chamado para ser o coordenador técnico da seleção –de fato, o cargo foi criado para ele–, ele estava praticamente aposentado como técnico.
Seu último emprego havia sido o Vasco. Fora demitido em fevereiro após um empate em casa com o Bragantino, dirigido por Parreira. Em 29 jogos, havia vencido seis –e empatado 17.
Na seleção, renasceu. Ocupando um cargo nebuloso (oficialmente, é coordenador técnico, mas atua como conselheiro e auxiliar de Parreira), voltou ao estrelato.
Hoje, livre da pressão de ser técnico, é quase livre para decidir o que quer fazer.
No ano passado, no primeiro turno das eliminatórias, quando a seleção enfrentava pela primeira vez o perigo de não disputar uma Copa do Mundo, Zagalo assumiu o papel de protetor de Parreira.
Foi a época do "bateu-levou". A cada crítica ou pergunta um pouco mal-humorada dos repórteres, Zagalo reagia, para preservar o técnico da seleção.
Era até ele quem espatava os curiosos, principalmente crianças, que queriam assistir aos treinos da seleção na Granja Comary.
Zagalo diz que só aceitou o cargo porque Parreira, seu preparador físico por mais de dez anos, seria o técnico.
Esse desejo, aliás, era de seu sogro, o presidente da Fifa, João Havelange. Foi por sua influência que seu amigo Lídio Toledo, médico em 70, voltou à comissão técnica.

Na foto, Zagalo, à direita, ao lado do técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, durante as eliminatórias da Copa, em 93

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