São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Grupo estuda as 200 milhas

VANESSA DE SÁ
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os cientistas que fazem parte do projeto que testa o espinhel de fundo vão também fazer um levantamento dos recursos vivos potencialmente exploráveis da faixa das 200 milhas entre Abrolhos (sul da Bahia) e Rio Grande do Sul.
O atual acordo internacional das 200 milhas, firmado em 1982, diz que os países precisam conhecer os recursos existentes nessa faixa.
Em função disso, precisam apresentar, até 1998, um projeto de exploração econômica.
O que não conseguirem aproveitar terá que ser cedido à exploração econômica de outros países.
Ou seja, o Brasil pode perder o direito de exclusividade sobre a exploração de todo o ser vivo e do subsolo das 200 milhas se não cumprir o cronograma do acordo.
Segundo a bióloga Carmem Wongtschowski, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, o levantamento dos recursos do subsolo já está bem adiantado.
Mas o tratado das 200 milhas prioriza a atividade pesqueira, pois, segundo a FAO, 95% dos recursos vivos dos oceanos estão dentro dessa faixa.
"Por isso temos que começar logo nosso levantamento", afirma o biólogo Gláucio Tiago.

Texto Anterior: Por que o mar faz ondas?
Próximo Texto: País testa `superanzol ecológico'
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.