São Paulo, domingo, 22 de maio de 1994 |
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Londres e Pequim divergem sobre vistos
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Ainda não se sabe se os portadores de passaporte britânico que vivem em Hong Kong precisarão ou não de visto para ir à China depois que a colônia do Reino Univo voltar ao controle chinês, em 1997.Uma reunião do Comitê de Trabalhos Preparatórios (CTP), comissão criada pelo governo de Hong Kong para preparar a transferência de poder ao governo da China, discutiu o problema durante a semana em Pequim. Hong Kong é um território da China e está sob controle do Reino Unido desde 1841. Um acordo firmado em 1984 entre o governo chinês e o britânico prevê sua devolução em 1997. Londres não concorda com a intenção da China de exigir visto para os portadores de passaporte britânico em viagens no resto do território chinês. O governo chinês quer que sejam utilizados os passaportes confeccionados especialmente para a "região administrativa especial", que será criada em Hong Kong a partir da retomada do controle do território. A China também rejeita a idéia de pressionar outros países para que concordem em não pedir visto de entrada, a partir de 97, a quem tenha o passaporte "britânico de ultramar", segundo o Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau, do Conselho de Estado da China. O país ameaça também exigir visto a partir de 1997 dos britânicos que viajem a Hong Kong. A medida pode ser adotada caso o Reino Unido não conceda a isenção de visto aos portadores do passaporte da futura "região administrativa especial" de Hong Kong. Um caso parecido, o dos passaportes da "região administrativa especial" de Macau, foi resolvido através de um acordo entre Portugal e China. Os residentes de Macau com passaporte português foram autorizados a utilizá-lo no exterior, mas não na China. O acerto foi feito durante a visita a Pequim do primeiro-ministro de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, em abril passado. Macau, território chinês sob administração portuguesa, passará ao controle chinês em 1999. Texto Anterior: Milagre chinês dá sinais de esgotamento Próximo Texto: Democracia sobrevive na América Latina Índice |
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