São Paulo, terça-feira, 24 de maio de 1994
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Atos do candidato estão sendo investigados

EUMANO SILVA; SÍLVIA QUEVEDO

Da Sucursal de Brasília e da Agência Folha, em Florianópolis
Esperidião Amin vai enfrentar na campanha uma bateria de acusações de irregularidades que teria cometido na Prefeitura de Florianópolis e no governo de Santa Catarina.
Uma das acusações trata da contratação da empreiteira C.R. Almeida para reforma no porto de São Francisco do Sul (SC).
A primeira parcela dessa obra teria sido paga à empreiteira antes que o preço da licitação fosse definido. A operação ocorreu em 87, nos últimos dias do governo Amin.
Amin afirma que não houve prejuízo para os cofres públicos. A parcela paga à empreiteira seria inferior aos serviços que já haviam sido prestados.
Há duas ações sobre o caso. Uma é dos deputados José Dirceu (PT-SP) e Luci Choinacki (PT-SC) e do deputado estadual Vilson Santin (PT-SC). Essa ação levou o Ministério público a abrir um inquérito.
A outra é um ação popular de iniciativa do senador Dirceu Carneiro (PSDB-SC).
Outra acusação refere-se à contratação de uma empresa, Formaco, para fazer a coleta de lixo de Florianópolis. O lixo é despejado fora da cidade por US$ 24,00 a tonelada.
O contrato que firmou venceu em novembro último e outra empresa venceu a licitação com um preço de US$ 13,30 a tonelada. Essa empresa, no entanto, não conseguiu habilitar-se por não ter licença ambiental.
Amin diz que o preço só ficou acima do normal porque inicialmente o lixo era despejado a 70 km da cidade. A Formaco teria conseguido uma outra área, a 25 km da cidade.
O preço menor, segundo Amin, não incluía o valor que seria necessário para conseguir um local para despejar o lixo.
O contrato com a Formaco originou duas ações na Justiça. Uma foi impetrada pela Prefeitura de Florianópolis, hoje controlada pelo PPS, outra por dois advogados.

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