São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 1994
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Condenado por abuso pede para ser castrado

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Um prisioneiro, condenado por abusos sexuais contra crianças, está lutando na Justiça dos EUA para ser castrado.
Larry Don McQuay, que cumpre pena de oito anos de prisão no Estado do Texas, sudoeste do país, por ter molestado mais de 200 menores, acha que a única solução para o seu caso é a castração.
As leis norte-americanas não prevêem esse tipo de punição. Médicos e advogados que concordam com McQuay estão prestando assessoria para que ele consiga ser a primeira pessoa a ser condenada à castração.
McQuay diz que não tem como controlar seu desejo de fazer sexo com crianças e que é melhor para ele e para a sociedade viver livre, castrado e trabalhando, do que voltar a incomodar crianças ou ser preso.
Cerca de 150 mil menores sofrem assédio sexual nos EUA por ano. As estatísticas demonstram que as taxas de reincidência entre homens condenados por abusos sexuais contra crianças são muito grandes.
O médico Fred Berlin, da Universidade Johns Hopkins, que apóia a idéia, argumenta que no passado já houve casos de pessoas obrigadas a passarem por tratamento médico obrigatório, como em vacinações, e que isso é precedente para a castração compulsória de molestadores de crianças.
Berlin diz que a castração cirúrgica é indolor e não implica deformação física nem prejuízo para todas as outras atividades orgânicas da pessoa, exceto a ereção.

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