São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 1994
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`Bluesmen' defendem a evolução do estilo

MARCEL PLASSE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Evento: Nescafé & Blues
Shows: Celso Blues Boy, Ronnie Earl & The Broadcastars e Robben Ford & The Blue Line
Onde: Palace (av. dos Jamaris, 213, Moema, tel. 011/531-4900)
Preços: CR$ 30 mil (setor 3), CR$ 50 mil (setor 2), CR$ 70 mil (setor 1), CR$ 110 mil (camarote)

Para os guitarristas Robert Cray, Robben Ford e Ronnie Earl, atrações do festival Nescafé & Blues, não existe um blues urbano contemporâneo, apenas o blues.
Em coletiva à imprensa, no hotel Transamérica, os músicos afirmaram que o blues continua a evoluir, aberto a todo o tipo de influências, ganhando cada vez mais público em todo o mundo.
"É o motivo pelo qual estamos aqui no Brasil", disse Robert Cray, 40, que tocou na noite de ontem no Palace. Ele já tinha se apresentado no Olympia, em 88.
Cray, que estourou no pop, além do blues, com o LP "Strong Persuader" (1987, 1,5 milhão de discos vendidos), não concorda com quem vê no seu sucesso a razão da volta do interesse no blues.
"Sempre houve e sempre haverá bandas de blues", ele diz. "Não tenho crédito no chamado `revival' dos anos 80, porque, além de mim, Steve Ray Vaughan, Roomful of Blues (banda de Earl) e Fabulous Thunderbirds já tocavam nos clubes quando as companhias perceberam a cena."
Ronnie Earl, 41, contemporâneo de Cray, e Robben Ford, 43, que já foi cogitado para integrar os Rolling Stones, são as atrações de hoje no Nescafé & Blues, ao lado de Celso Blues Boy.
Earl, 41, descobriu o blues ao ver um show do lendário Muddy Waters. "Nunca mais fui o mesmo", ele confessa.
Depois de um tempo tocando no Roomful of Blues e de ser cumprimentado por Waters, montou a banda The Broadcasters (nome de um modelo da guitarra Fender), que não possui vocalista.
Ronnie Ford, 43, começou em 1970, com o pai e irmãos, na Charles Ford Band, em 1970.
Após tocar com artistas tão diferentes quanto Joni Mitchell, Kiss e Miles Davis, montou sua banda, The Blue Line, em 1990.

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