São Paulo, sexta-feira, 27 de maio de 1994
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Aumenta queima de cédulas de cruzeiro real

DA SUCURSAL DO RIO

A proximidade do lançamento da nova moeda, o real, fez o Banco Central aumentar em quase 150% o ritmo de trabalho dos seus dois incineradores de cédulas que ficam no bairro da Saúde, região central do Rio.
Serão retiradas de circulação com a chegada do real mais de três bilhões de cédulas de cruzeiros reais, incluindo cerca de 50 milhões de cédulas de CR$ 50 mil, impressas no mês passado.
Normalmente, são incineradas três milhões de cédulas velhas por dia para serem substituídas por novas.
Agora, estão sendo queimadas 7,2 milhões de cédulas por dia e em junho esse número passará a 12 milhões, com a adoção de mais um turno de trabalho dos 11 empregados do BC e sete contratados para apoio que trabalham nos incineradores.
Segundo funcionários do Banco Central no Rio, o processo de incineração, todo feito no Rio, é responsável pela destruição de aproximadamente 70% das cédulas retiradas de circulação.
O restante do dinheiro é triturado por máquinas em Brasília e em oito capitais de Estados, e vira lixo, porque ainda não existe no país tecnologia de reciclagem de papel-moeda, devido a problemas químicos.
A USP (Universidade de São Paulo) está trabalhando no desenvolvimento de uma tecnologia que evite o desperdício do papel triturado.
O processo de seleção de cédulas no Brasil é feito basicamente a partir do recolhimento compulsório ao Banco Central de 45% dos depósitos à vista dos bancos.
Máquinas separam o dinheiro recolhido, agrupando de um lado as cédulas ainda boas para retornarem ao público.
As cédulas gastas são empacotadas em blocos de 3.000 unidades e enviadas para a queima ou destruição.

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