São Paulo, sexta-feira, 27 de maio de 1994 |
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`Demolidor' Stallone leva bom senso ao futuro
RODRIGO LEITE
"O Demolidor" tem Silvester Stallone e Wesley Snipes no papel principal. Stallone é um John Spartan, um policial de Los Angeles que não poupa violência e destruição para cumprir a lei. Snipes é Simon Phoenix, um dos principais bandidos de L.A. em 1996. Daqui a dois anos, cidade vai estar destruída por uma guerra civil. Phoenix sequestra um ônibus com quarenta pessoas e, ao ser perseguido por Spartan, acaba matando os reféns. Phoenix e Spartan são condenados a 70 anos por homicídio e a pena é passarem todo esse tempo...congelados! Em 2032, Los Angeles está restaurada, unida a San Diego e Santa Monica e sua população "higienizada". Ninguém bebe, fuma, faz sexo ou come carne. Os americanos fazem uma homenagem ao "passado" dando à biblioteca da Casa Branca o nome do ex-presidente Arnold Schwarzenegger! Stallone faz cara feia ao saber do destino de seu maior rival. Não há um homicídio em L.A. há 22 anos, até que Phoenix recebe liberdade condicional e recomeça a bagunça. Só um homem pode detê-lo, o congelado policial Spartan. Ele terá ajuda da bela e boba Lenina Huxley (interpretada por Sandra Bullock), uma policial fissurada no século 20. A "mensagem" do filme é que no século 21 todo mundo vai ser meio bobo, e que eles vão precisar "importar" gente na nossa boa e velha década de 1990 para poder se virar. Os policiais, daqui a 38 anos, não usam armas e precisam de instruções de um computador a todo momento. Stallone ensina tudo. A atuação de Stallone é o esperado. O rapaz continua um mestre na arte de interpretar. Seu repertório de duas expressões faciais (sério e raivoso) permanece impecável. Mas para seus fãs ele será sempre o máximo. (RL) Texto Anterior: `Dança da Morte' é road movie mórbido Próximo Texto: "Ham-Let" encerra temporada de sucesso Índice |
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