São Paulo, sexta-feira, 3 de junho de 1994 |
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'Vários começaram em primeiro e perderam'
CLÁUDIA TREVISAN
Folha - Qual é o principal problema do Estado? Mário Covas - O principal problema do Estado é o desemprego. Folha - Essa será a principal bandeira de sua campanha? Covas - É a resposta ao principal problema dos paulistas. A segunda demanda é a saúde. A terceira, e isso não é novidade, é fome e miséria, a quarta é segurança e a quinta é educação. Folha - Esse diagnóstico é o mesmo de seus adversários... Covas - O que muda entre nós? São os valores com os quais a gente pretende enfrentar isso. Folha - Em sua opinião, qual a qualidade do político Mário Covas que vai fazer com que o eleitor vote nele? Covas - Vamos tirar isso do terreno pessoal. Se trata de escolher o que o Mário Covas representa em termos de valores políticos, o time que joga com ele. Nós defendemos uma profunda mudança de natureza ética e de natureza moral. Folha - Com esse discurso ético, como o sr. pretende justificar a aliança com Antônio Cabrera, que foi do ministro do governo Collor, e com o PFL? Covas - Eu não estou pedindo a ninguém para eleger um governador que seja de outro partido que não do PSDB. Eu não vou mudar, seja quem for que esteja no meu palanque. Folha - Qual sua estratégia para se manter em primeiro lugar e não repetir a eleição de 90, quando o sr. começou em primeiro e perdeu para Luiz Antonio Fleury Filho? Covas - Eu conheço vários que começaram em primeiro lugar e perderam a eleição. O que eu pretendo fazer é campanha. Não vejo porque deva repetir um acontecimento que é o fortuito e não a regra. (CT) Texto Anterior: Covas prioriza pequenas e médias cidades Próximo Texto: Munhoz busca votos no interior para repetir trajetória de Fleury Índice |
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