São Paulo, sexta-feira, 3 de junho de 1994
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Campanha do real terá 16 milhões de folhetos

Distribuição começa na segunda quinzena de junho

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A campanha do governo para divulgar o real inclui a distribuição de 16 milhões de folhetos e 1,4 milhão de cartazes impressos com as cédulas da nova moeda e explicações sobre o processo de troca nas agências bancárias.
As gráficas do Banco Central, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e, ainda dependendo de acertos com o Congresso, do Senado, vão imprimir os folhetos e cartazes, que começarão a ser distribuídos a partir da segunda quinzena de junho.
Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, reúne-se com o grupo de divulgação da campanha do real, coordenado pelo consultor da presidência do Banco Central, Milton Luiz Melo dos Santos, para acertar o texto final da cartilha do real.
Santos afirmou que os bancos privados também vão imprimir a cartilha do real. O Banco Central fornecerá gratuitamente à rede bancária os fotolitos da cartilha.
Os folhetos terão uma rede de distribuição inédita até agora em qualquer campanha institucional do governo: carteiros da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), agências e postos de atendimentos do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, além de postos lotéricos.
"Durante 15 dias, os bancos vão lhe dar reais em troca de cruzeiros reais. Se for necessário, esse prazo será prorrogado. Por isso, você não precisa correr para trocar o seu dinheiro". Essa é a inscrição obrigatória nos folhetos e cartazes.
Santos vai comandar 500 funcionários do Banco Central espalhados em dez centrais de atendimento sobre o real –Belém, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.
Um programa especial de computação está sendo montado pelo Banco Central. Ele permitirá que as dúvidas sobre o real tenham respostas padronizadas. O programa esclarecerá todos os detalhes do plano, da troca da moeda à prestação da casa própria.
A Telebrás já tem um número de telefone especial (0800-992345), com a ligação paga pelo governo, que estará à disposição do público para esclarecimento de dúvidas sobre o real.
A ligação poderá ser feita de qualquer ponto do país e, através de sistema automatizado, a chamada telefônica cairá na central de atendimento do Banco Central mais próxima.
A ECT colocará 500 mil aerogramas que poderão ser utilizados gratuitamente pelo público para encaminhar perguntas ao Banco Central com as dúvidas sobre o programa do real. As respostas serão dadas nos programas especiais que a Radiobrás já começou a veicular em todo o país.`
Além da campanha do governo, a Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos) e Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) gastarão mais de US$ 10 milhões em campanha para explicar os mecanismos de troca do real e estimular a poupança.

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