São Paulo, sexta-feira, 3 de junho de 1994
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Governo define agências de publicidade sem licitação

SÔNIA MOSSRI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo vai contratar, sem licitação, agências de publicidade para produzir a campanha de divulgação do real.
A contratação das agências –os nomes ainda não foram definidos– será feita nos próximos dias pela Secretaria de Comunicação Institucional da Presidência da República.
O advogado-geral da União, Geraldo Magela da Cruz Quintão, está encarregado de elaborar parecer jurídico que dispensa a licitação na contratação das agências, sob o argumento de que a campanha seria emergencial.
Rádio e TV
O consultor da presidência do Banco Central, Milton Luiz de Melo Santos, coordenador da campanha, disse à Folha que o governo pretende que a campanha seja veiculada na TV e rádios ainda em junho.
O processo de licitação consumiria, no mínimo, 45 dias. Santos disse que o governo não teria tempo suficiente para realizar a licitação e colocar no ar a campanha do real antes de 1º de julho, quando a nova moeda começa a circular.
A campanha tem orçamento de 12 milhões de URVs (quase CR$ 23 bilhões) e utilizará recursos do Funcheque.
Esse fundo, administrado pelo BC, tem receita proveniente das multas aplicadas sobre a emissão de cheques sem fundos.
Os gastos com a campanha de divulgação do real são quase três vezes maiores do que as despesas com publicidade no último ano de gestão de Luiza Erundina na prefeitura de São Paulo.

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