São Paulo, sexta-feira, 3 de junho de 1994
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Empresa ataca os quatro cantos do planeta

DA REDAÇÃO

O negócio da Wal-Mart é vender o máximo possível pelo menor preço possível. Atualmente, ela e sua maior rival, a K-Mart, sacodem o mercado americano com os supercenters –uma união de loja de descontos com ampla variedade de produtos com supermercado.
Ramo do varejo que mais cresce, os supercenters –a Wal-Mart tem 68 em operação e espera ter 130 em 94– atraíram mais clientes que as lojas de descontos normais, triplicaram a quantidade de mercadorias vendidas, derrubaram os preços e no caminho levaram alguns supermercados independentes a fechar suas portas.
As margens de lucro do setor caíram –uma situação onde a Wal-Mart se sente à vontade. Atrás do volume de vendas, a empresa cruzou as fronteiras americanas. Comprou de uma só vez 122 lojas da concorrente Woolworth no Canadá e se tornou a segunda maior rede do país.
Ao sul, cruzou as fronteiras do Rio Grande em 91. Em associação com o grupo mexicano Cifra, montou o clube de vendas Aurrera na cidade do México, inaugurou um supercenter em Monterrey e espera aumentar de 23 para 40 o número de unidades que tem no país.
Em 94, foi até o Japão e fechou acordo com a Yaohan. A cadeia japonesa, vai vender US$ 50 milhões em mercadorias com marca própria da Wal-Mart, que serão distribuídos no país e nos "tigres asiáticos". Tudo para chegar, também, perto da China. A Yaohan construirá em 95 a maior loja de departamentos de Xangai.
No mapa dos grandes mercados restava o Brasil, onde estará pronta para operar em 95. E os executivos da Wal-Mart já estão estudando espanhol, de olho na Argentina.
Para quem quer saber outro dos segredos do sucesso da rede, o resultado de uma pesquisa da revista "Progressive Grocer", uma das mais respeitadas do setor, é esclarecedor. Os fornecedores escolheram a Wal-Mart para ganhar o título "a mais dura negociadora" do ano.

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