São Paulo, domingo, 5 de junho de 1994
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'Quero ser titular na Copa, mas sem neurose'

ALBERTO HELENA JR.
DO ENVIADO ESPECIAL

Esta tarde, Leonardo entra em campo para ganhar a posição titular da seleção brasileira.
Foi o que ele garantiu neste papo exclusivo. Leonardo mantém um ar de menino feliz, mas prefere conter o impacto das palavras. "Quero ser titular. Mas que seja natural, sem neuroses." (AHJr)

Folha – O que significa realmente jogar uma Copa?
Leonardo – Acho que se dá mais importância à Copa do que merece. Afinal, é apenas mais um campeonato de futebol. Importante, claro, mas é uma série de jogos, como o Campeonato Paulista. Tem mais marketing.
Folha - Tudo bem. Mas não dá aquele friozinho na barriga?
Leonardo – Confesso que não. Não que eu seja imune a essas coisas. Costumo encarar o futebol como um ofício que gosto e que sei fazer bem dentro dos meus limites.
Folha - Você nunca teve um grande momento de decisão?
Leonardo – Ah, tive, mas foi fora do futebol. Foi quando resolvi casar. Estava em Valência, sentia muita solidão, mas não queria confundir as coisas. Ali foi barra.
Folha - Apesar de eleito titular pelo público, você não vem bem, no São Paulo e na seleção.
Leonardo – Lá, eu tive dois problemas físicos: uma infecção intestinal e uma contusão no tornozelo. Aqui, logo peguei uma gripe. Mas melhorei. Até fui melhor no segundo coletivo. Cruzei dez bolas e fiquei atento na marcação.
Folha - Então não se ressentiu de voltar à lateral?
Leonardo – Ah, um pouco. Na seleção o lateral é lateral mesmo, marca primeiro e depois pensa em atacar. No São Paulo, o lateral é mais um meio-campista, com liberdade para ir onde quiser.

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