São Paulo, domingo, 5 de junho de 1994 |
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Congresso de química reúne mais de mil trabalhos em Minas Gerais
LÚCIA CAMARGO
Alunos da Universidade Federal de Santa Catarina, liderados por Rosendo Yunes, apresentaram uma pesquisa com a planta quebra-pedra, como são conhecidas cerca de 700 espécies do genero Phyllanthus. Achada em todo o território nacional, ela revelou poderes analgésicos em testes com camundongos. A planta é conhecida entre a população rural como eliminadora de cálculos renais, através de chás. A substância responsável por tirar a dor é o stigmasterol, que foi extraído da planta e teve a estrutura química modificada para aumentar o efeito analgésico. }Agora procuramos uma empresa disposta a produzir o medicamento, diz Yunes. O tema escolhido para este ano foi a interdiciplinaridade. Um exemplo foi o trabalho de Giuseppe Rotilio, da Universidade Tor Vergata, em Roma. Ele estuda os radicais livres, estruturas que costumam ser responsabilizadas pelo envelhecimento. Desde a década de 70, ele tenta desvendar a enzima superoxidodismutase (SOD), que ataca esses radicais livres. Sabendo que células tumorais humanas, em comparação com as sadias, têm menos SOD, Rotilio conseguiu destruí-las (em laboratório) injetando nelas a enzima. A droga glutationa, que teria as mesmas propriedades da enzima, está sendo testada desde maio para o combate à Aids. Texto Anterior: Molécula com silício foge às expectativas Próximo Texto: Lesão cerebral se complica em três fases Índice |
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