São Paulo, domingo, 5 de junho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Congresso de química reúne mais de mil trabalhos em Minas Gerais

LÚCIA CAMARGO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Mais de mil trabalhos foram apresentados na 17ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, de 24 a 27 de maio em Caxambu (MG).
Alunos da Universidade Federal de Santa Catarina, liderados por Rosendo Yunes, apresentaram uma pesquisa com a planta quebra-pedra, como são conhecidas cerca de 700 espécies do genero Phyllanthus.
Achada em todo o território nacional, ela revelou poderes analgésicos em testes com camundongos.
A planta é conhecida entre a população rural como eliminadora de cálculos renais, através de chás.
A substância responsável por tirar a dor é o stigmasterol, que foi extraído da planta e teve a estrutura química modificada para aumentar o efeito analgésico.
}Agora procuramos uma empresa disposta a produzir o medicamento, diz Yunes.
O tema escolhido para este ano foi a interdiciplinaridade. Um exemplo foi o trabalho de Giuseppe Rotilio, da Universidade Tor Vergata, em Roma.
Ele estuda os radicais livres, estruturas que costumam ser responsabilizadas pelo envelhecimento.
Desde a década de 70, ele tenta desvendar a enzima superoxidodismutase (SOD), que ataca esses radicais livres.
Sabendo que células tumorais humanas, em comparação com as sadias, têm menos SOD, Rotilio conseguiu destruí-las (em laboratório) injetando nelas a enzima.
A droga glutationa, que teria as mesmas propriedades da enzima, está sendo testada desde maio para o combate à Aids.

Texto Anterior: Molécula com silício foge às expectativas
Próximo Texto: Lesão cerebral se complica em três fases
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.