São Paulo, terça-feira, 7 de junho de 1994
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Fipe aponta inflação menor em maio

DA REPORTAGEM LOCAL

Os preços subiram em média 45,10% em maio na cidade de São Paulo. A variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi 1,12 ponto percentual menor do que em abril (46,22%).
Em URV, a alta foi de 1,05%, contra 2,62% em abril. Com isso, a variação de preços em URV acumula 3,97% este ano, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
"É relativamente pouco. Se mantiver esse ritmo o ano todo será um sucesso absoluto", comentou Juarez Rizzieri, coordenador do índice de preços da Fipe.
Apesar de ter baixado em relação a abril, a Fipe espera que a inflação volte a subir este mês.
As maiores pressões devem vir do item habitação –principalmente aluguéis e tarifas públicas.
Com a passagem das tarifas para URV, a pressão desse segmento fica maior, argumentou Rizzieri.
No caso dos aluguéis, o problema está na demora do governo em fixar regras para a conversão para URV. Isso leva os proprietários de imóveis a jogar para cima o valor dos aluguéis dos contratos novos.
A Fipe constatou que os aluguéis residenciais subiram 17% menos que a inflação nos últimos 12 meses até maio.
Para Heron do Carmo, coordenador-adjunto do IPC-Fipe, os aluguéis continuarão subindo com intensidade até agosto –por causa dos resíduos inflacionários nos contratos antigos–, mesmo que as regras de conversão saiam já.
A Fipe espera que o vestuário diminua a pressão sobre o IPC a partir deste mês. O setor foi líder de aumentos em maio (69,32%).
No segmento de alimentação, o reajuste médio foi de 37,59% em maio, menos do que o IPC.
Alimentos industrializados foram os únicos a variar acima da média: 47,84%. Na avaliação de Rizzieri, já pressionaram bastante e devem subir menos. Este ano já subiram 548,39%, contra 483,83% do IPC.
Já os produtos "in natura" (28,38%) e semi-elaborados (30,18%) ficaram aquém da média do mês. Os semi-elaborados, como a carne e o feijão, devem retomar a pressão.

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