São Paulo, sábado, 11 de junho de 1994 |
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Lula apóia reivindicação militar
AMÉRICO MARTINS
Segundo Lula, as reivindicações salariais não vão gerar uma crise militar. Ele afirmou que não tem condições de analisar se a situação dos militares é realmente crítica, porque desconhece o valor dos salários pagos a eles. Lula viajou a Porto Alegre no mesmo vôo que o cantor Gabriel, o Pensador. Inspirado em Collor, Gabriel compôs a música "Matei o presidente". Gabriel é filho da jornalista Belisa Ribeiro, que trabalhou na campanha de Collor em 1989. O cantor recusou o pedido dos fotógrafos para posar ao lado de Lula, alegando que o contrato com sua gravadora o proíbe. Em Porto Alegre, Lula afirmou que os Estados Unidos têm que "acabar com a birra que têm com Cuba". Ele pediu ao cônsul norte-americano em Porto Alegre, Brent Blaschke, o fim do embargo comercial dos Estados Unidos à ilha de Fidel Castro. Blaschke fez parte da mesa principal do almoço de Lula com empresários gaúchos. Ele perguntou ao petista se ele iria à Conferência das Américas, em dezembro. Lula afirmou que analisaria o convite se fosse eleito e convidado a acompanhar o presidente Itamar Franco. No meio da resposta, porém, ele passou a criticar a posição do governo norte-americano. O cônsul afirmou que não ficou constrangido com a resposta. Ele disse que essa posição de Lula já era esperada e que o seu governo quer apenas que Cuba adote uma política mais democrática. Sobre as propostas de governo de Lula, o cônsul afirmou: "Ele tem o direito de articular qualquer programa, mas eu não concordo com o dele." Lula visita hoje as cidades de Sapiranga, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio e Gravataí. Texto Anterior: Lula se opõe a assessor e ataca lei antitruste Próximo Texto: PT superestima metas, dizem economistas Índice |
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