São Paulo, sábado, 11 de junho de 1994 |
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Brizola quer auditoria internacional na apuração dos votos da eleição
FERNANDO MOLICA
Brizola afirmou que a auditoria seria feita por partidos estrangeiros filiados à Internacional Socialista. Segundo ele, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Sepúlveda Pertence, não faz restrição a uma auditoria internacional. Brizola afirmou que sua maior preocupação é com o processo de totalização dos votos, feito em computadores. Segundo ele, os partidos estrangeiros poderiam fornecer equipamentos e conhecimentos técnicos para esta fiscalização. Segundo ele, em 94 serão realizadas eleições presidenciais em cerca de dez países latino-americanos. "Estamos diante de uma `Internacional da Fraude"', afirmou. Ontem, Brizola recebeu três membros do Partido Revolucionário Dominicano, que acusam o governo de seu país de ter fraudado a eleição presidencial do último dia 16. Eles querem novas eleições. Os dominicanos mostraram depoimentos de representantes de entidades, como a Organização dos Estados Americanos, que apontam irregularidades na eleição. As supostas fraudes foram também comentadas em editoriais de jornais como "The New York Times" e "Washington Post". Os resultados provisórios indicam a vitória do atual presidente, Joaquín Balaguer, 86, que ocupa o cargo pela quinta vez. Durante a reunião com os dominicanos, Brizola ficou preso sete minutos em um elevador do hotel Caesar Park (zona sul do Rio). O candidato entrou no elevador no 22º andar do hotel, com assessores e jornalistas. Em seguida, entrou o dominicano Ramon Emilio Gimenez, ex-ministro das Relações Exteriores, que pesa cerca de 100 kg. O elevador pareceu não suportar o peso adicional e parou entre o 8º e o 9º andares. Texto Anterior: PT superestima metas, dizem economistas Próximo Texto: Quércia vai ao PR e tenta vencer resistências à sua candidatura Índice |
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