São Paulo, sábado, 11 de junho de 1994
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Quércia vai ao PR e tenta vencer resistências à sua candidatura

MÁRIO SIMAS FILHO
ENVIADO ESPECIAL A FOZ DO IGUAÇU

O candidato do PMDB à Presidência, Orestes Quércia, começou ontem a fazer sua campanha no Paraná, sem ter um palanque definido. No Estado, há resistências do partido a sua candidatura.
Em Foz do Iguaçu, Quércia foi recebido por 17 prefeitos e lideranças do PMDB do oeste paranaense. É o chamado grupo dissidente do partido, derrotado na convenção estadual do mês passado.
O PMDB do Paraná decidiu apoiar o candidato do PP ao governo do Estado, Álvaro Dias. Na convenção, os dissidentes optaram por candidatura própria e conseguiram 34% dos votos.
O objetivo de Quércia é unir o partido em torno da candidatura de Dias. O candidato do PP já sinalizou que, se o PMDB estiver unido no Estado, Quércia terá espaço em seu palanque.
O problema é que nem todos os dissidentes estão dispostos a apoiar a candidatura de Dias.
"Já disse que não apoio Dias e não vou mudar de opinião", afirmou Dobrandino Soares da Silva, prefeito de Foz do Iguaçu.
O prefeito de Cascavel, Fidelcino Tolentino, é quem mais se empenha em unir os dissidentes. Segundo ele, não haverá problemas entre Dias e Quércia.
O que já está definido é que o ex-governador do Paraná, Roberto Requião, candidato do PMDB ao Senado na chapa de Dias, não dividirá palanque com Quércia.
"O Requião que fique onde bem entender", disse Quércia. O governador em exercício, Mário Pereira, sucessor de Requião, já concordou em receber Quércia no palácio do governo.
O presidente do PMDB, deputado Luiz Henrique (PMDB-SC), marcou reunião com Pereira na segunda-feira, em Curitiba. Ele está empenhado em unir o partido no Paraná em torno de Quércia.
Ontem, após o discurso do ex-governador paulista, os dissidentes se reuniram para definir sua posição. A tendência era de racha. O prefeito de Foz do Iguaçu afirmou que iria apoiar o candidato do PDT ao governo, Jaime Lerner.

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