São Paulo, sábado, 11 de junho de 1994
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Reajuste de preços mantém desaceleração

DA REPORTAGEM LOCAL

Os preços nos supermercados de São Paulo mantiveram a desaceleração registrada nas duas últimas semanas. Entre 31 de maio e 7 de junho, o aumento foi de 8,70%. Em quatro semanas, o aumento é de 46,75%.
Na semana anterior a elevação foi de 8,90%, segundo pesquisa do Datafolha em 12 estabelecimentos.
Em 12 hipermercados pesquisados, a variação de preços foi de 8,73%, com redução de 1,37 ponto percentual em relação à semana anterior, quando foi registrada alta de 10,10% nos preços.
A carne continuou liderando os aumentos, com alta de 17,26% nos supermercados. Na semana antecedente, já havia registrado elevação de 21,28%. Nas últimas quatro semanas, o preço da carne teve aumento de 68,17%.
O aumento da carne é explicado pela retenção do boi no pasto por parte dos pecuaristas. Eles alegam defasagem do preço em abril e primeira quinzena de maio. Além disso, preferem guardar bois como reserva de valor, fugindo do mercado financeiro.
Outros produtos com altas elevadas foram o óleo e azeite (13,36%), com variação de 55,06% nas últimas quatro semanas, seguidos dos derivados de leite, que subiram 10,77% na semana, contra 7,44% na anterior.
As massas tiveram alta de 10,70%, superior aos 8,60% registrados na semana passada, acumulando 43,99% em quatro semanas.
A menor elevação de preços registrada foi a dos farináceos (1,74%), que vem mantendo redução nas duas últimas semanas.
Os produtos de limpeza subiram 9,07%. Na semana anterior haviam registrado alta de 10,10%.
Nos hipermercados as pressões também foram da carne, com elevação de 17,18%, contra os 18,13% anteriores.
A carne teve aumento de 60% em quatro semanas nos hipermercados, segundo o Datafolha.
Outra pesquisa do Datafolha abrangendo apenas produtos básicos aponta elevação de 10,95% na semana, abaixo dos 12,98% registrados anteriormente.
Nesse segmento, as pressões vieram da carne, com o acém subindo 22,32%, dos ovos brancos médios (15,83%) e do arroz agulhinha tipo 2 (15,77%).
Só dois produtos tiveram queda de preço: tomate (16,71%) e feijão carioquinha (5,21%). Com a colheita da safra de inverno a partir deste mês, o feijão pode ter queda real de preços.

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