São Paulo, domingo, 12 de junho de 1994 |
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Igrejas fazem cartilha para orientar o voto
CLÁUDIA TREVISAN
A cartilha alerta contra a manipulação do voto por alguns líderes evangélicos e defende a avaliação ética dos candidatos. "Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião diferente de seu pastor ou líder espiritual", diz a cartilha. O texto defende o voto para a Presidência baseado em programas de governo. E condena a disseminação de boatos, como os que atingiram Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 89. Mas valoriza o voto religioso. Quando há identidade com o candidato, mas não com o partido, a cartilha dá a seguinte recomendação: "é de bom alvitre que, ainda assim, se dê um voto de confiança a nosso irmão de fé desde que ele tenha qualificações para o cargo". A AEVB é identificada com o segmento mais progressista entre os evangélicos. A entidade se contrapõe ao Conselho Nacional de Pastores, ligado à IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), do bispo Edir Macedo, e a uma dissidência da Assembléia de Deus. A IURD repudia o voto em Lula. Na última edição da "Folha Universal", há um artigo que vincula o PT à defesa da legalização do aborto e do homossexualismo. O artigo afirma ainda que o PT "é um produto do clero romano e a serviço dos interesses que sempre imperaram na história da Igreja Católica Apostólica Romana". O deputado estadual Paulo César De Velasco, da IURD, diz que a igreja pretende apoiar um candidato. "Não deverá ser nem Lula nem Brizola", diz. O único candidato que recebe elogios de De Velasco é Quércia. "Ele tem uma vice evangélica e um discurso popular", diz. Texto Anterior: Comunidade já abre espaço para a esquerda Próximo Texto: Quércia e Lula disputam voto evangélico Índice |
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