São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 1994 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Barbra Streisand prefere grandes compositores ao pop dos anos 60
JOÃO MÁXIMO
Entre os seis restantes, quatro são trilhas sonoras em que Barbra reparte as faixas com outros artistas e um quinto (talvez o melhor do pacote) em que ela se limita a cantar duas canções do astro principal: Harold Arlen. Um dos maiores compositores da história, Arlen foi uma espécie de avalista da cantora Barbra quando ela começou. É dele o texto de contracapa do primeiro LP só dela, "The Barbra Streisand Album": "Tome nota desse nome", profetizava ele. Os quatro CDs exclusivamente da cantora são "The Barbra Streisand Album" , "The Second Barbra Streisand Album" e "The Third Album" (todos de 1963) e "What About Today?" (1969). Os dois musicais da Broadway, justamente os primeiros discos que ela gravou, têm ambos música e letra de Harold Rome. Só um, "I Can Get It For You Wholesale", de 1962, foi gravado pelos membros do elenco original. O outro é "Pins and Needles", revista de 1939 que Rome escreveu para o sindicato dos costureiros de Nova York. Só seria gravado 25 anos depois, já então pelo próprio Rome. Barbra canta quatro canções. "Num Dia Claro de Verão" (de 1970, adaptado do musical da Broadway, escrito por Burton Lane e Alan Jay Lerner), com Barbra e Yves Montand, abre a série de trilhas. Depois, vem "Nosso Amor de Ontem" (de 1973), com Barbra interpretando apenas a canção-título, "The Way Were", Oscar da categoria. O resto fica por conta de música instrumental. O pacote inclui ainda "Nasce uma Estrela" (de 1976), terceira versão da história, desta vez com Barbra e Kris Kristofferson; "Evergreen", (canção dela e Paul Williams, que ganhou o Oscar da categoria) e "Negócios Com Mulher Nunca Mais" (1979), no qual Barbra divide as faixas com intérpretes que vão de Michalski & Oversteen a Frank Valli & The Four Seasons. No disco de Arlen, é ele quem canta suas próprias composições em oito das dez faixas. As orquestrações também são de Matz, que não por acaso seguiria acompanhando a afilhada em seus projetos futuros (inclusive no recente "Back To Broadway"). A coleção prova dois pontos: primeiro, Streisand já foi bem melhor (a voz menos anasalada e as interpretações mais naturais). Segundo, ela sempre gostou de andar em boa companhia, preferindo os Arlen, Rodgers, Hart, Porter, Lane, Rome, Gershwin, ao pop que era moda nos anos 60. Coleção: Barbra Streisand Lançamento: Best Price/Sony Quanto: 15 URVs (o CD, em média) Texto Anterior: Bonnie Raitt desafia os cânones do blues com novas colorações Próximo Texto: EUA celebram 25 anos de Woodstock Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |