São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 1994
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Pesquisadores testam vacina contra "bactéria assassina"

DA "NEW SCIENTIST" E DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Cientistas dos EUA estão desenvolvendo uma vacina contra a }bactéria assassina –causadora de uma gangrena que consome tecidos em horas.
Os pesquisadores da Faculdade de Medicina de Houston (Texas) testaram a vacina em camundongos com sucesso.
A vacina foi primeiro elaborada para combater infecções na garganta, causadas por uma bactéria estreptococo do grupo A (da espécie S.pyogenes).
Esse grupo de bactérias, dependendo da carga genética, também causa a gangrena que a imprensa britânica noticiou no final de maio.
}Economicamente a infecção na garganta é um grande problema, diz James Musser, um dos cientistas envolvidos.
A vacina protege contra uma das enzimas mortais (toxina) que a bactéria produz.
Cientistas acreditam que essa enzima tenha um papel importante tanto nas infecções na garganta quanto na destruição dos tecidos.
Uma forma inofensiva da enzima foi aplicada em camundongos, para incentivar a produção de anticorpos.
Os animais vacinados sobreviveram ao serem expostos à bactéria, enquanto os não vacinados morreram.
Uma outra equipe dos EUA, da Universidade Rockefeller, em Nova York, também anunciou ter conseguido desenvolver uma vacina que funciona em animais de laboratório.
No Reino Unido, houve este ano pelo menos 15 casos da gangrena causada pelo estreptococo do grupo A, dentro dos limites esperados.
As linhagens da bactéria –determinadas pela carga genética– são muito variáveis ao longo do tempo.
Essas mudanças são consideradas responsáveis pelas ondas de infecções graves causadas pela bactéria.
A bactéria já foi relacionada a várias outras doenças, como a escarlatina e a febre reumática.

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