São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 1994 |
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Petista critica política externa
AMÉRICO MARTINS
Ele comparou o país a um "gandula" nas discussões internacionais. "O Brasil está no campo, pega a bola, mas não participa do jogo", afirmou. Na avaliação de Lula, o país não marca presença nos grandes debates internacionais. Ele não fez nenhuma referência direta à gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no Itamaraty. O petista criticou o presidente Itamar Franco, afirmando que ele "não toma iniciativa" de conversar com os principais líderes mundiais, como o presidente norte-americano, Bill Clinton. Lula citou um exemplo da sua campanha para demonstrar que o governo não incentiva as indústrias nacionais. Alguns empresários ofereceram camisetas chinesas por US$ 0,50 para o PT estampar sua propaganda. Os petistas levantaram também o preço das camisetas fabricadas no Brasil e constataram que elas valiam US$ 1,50 cada. Segundo ele, o partido acabou optando por comprar o produto nacional, sob alegação de que isso geraria mais empregos. O debate foi promovido pela Federação Israelita de São Paulo, que congrera mais de 60 entidades da comunidade judaica. A entidade deve convidar outros candidatos para o mesmo tipo de evento. Cerca de 1.500 pessoas lotaram o auditório. Cerca de 50 pessoas foram impedidas de entrar no local. Estiveram presentes, entre outros, o rabino Henry Sobel; o presidente da Federação, Israel Levin; e os empresários Benjamin Steinbruch e Salmu Cohen. Em busca dos votos dos judeus, Lula fez várias referências à Israel –inclusive no discurso básico, que utiliza em praticamente todos os eventos. Ele foi aplaudido em todas as intervenções que fez. O candidato deu início ontem a uma viagem pelo interior de São Paulo, que acaba na sexta-feira. Texto Anterior: Lula rejeita eventual colaboração da Fiesp Próximo Texto: TSE fará compras para as eleições sem licitação Índice |
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