São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 1994
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TSE fará compras para as eleições sem licitação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

TSE fará compras para as eleições sem licitação
Muitas das despesas com as eleições, inclusive a compra de urnas, serão feitas sem licitação. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) alega que não tem mais tempo.
Segundo o diretor-geral do TSE, Alysson Mitraud, o cronograma dos preparativos foi encurtado em 45 dias, devido à demora do governo em garantir a liberação do dinheiro para as eleições.
Só ontem o Planalto enviou ao Congresso a mensagem que modifica o projeto de Orçamento para transferir US$ 160 milhões à Justiça Eleitoral. O dinheiro poderá ser usado mesmo antes da votação do Orçamento.
A necessidade de fazer mais 280 mil urnas, ao preço estimado de US$ 6 milhões, será definida pelo Congresso, que ainda não votou o projeto que institui duas urnas por seção eleitoral.
Com as duas urnas, o TSE acredita que poderá reduzir de 15 para três dias a apuração dos votos para presidente da República, governador e senador.
O presidente do TSE, Sepúlveda Pertence, comentou que, com licitação, as novas urnas só ficariam prontas em dezembro, depois das eleições. As fábricas pedem dois a três meses de prazo.
Microcomputadores
O TSE vai gastar US$ 8,2 milhões na compra de 3.800 microcomputadores para serem instalados nas juntas apuradoras. Segundo Mitraud, 90% das juntas estarão informatizadas.
A licitação para a compra dos equipamentos foi feita por intermédio do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e o resultado foi anunciado ontem em Nova York (EUA).
O tribunal estima que haverá de 4.000 a 6.000 juntas apuradoras no país. Algumas usarão computadores emprestados de instituições oficiais, com sistema de segurança fornecido pelo TSE.

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