São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 1994 |
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Pefelistas vão ter mais influência na campanha GABRIELA WOLTHERS e TALES FARIA GABRIELA WOLTHERS ; TALES FARIA
O líder pefelista no Senado, Marco Maciel (PE), vai despachar diretamente do comitê central de FHC a partir de julho, quando o Congresso entrará em recesso. A decisão é uma tentativa de aplacar as reclamações dos pefelistas, que se queixam de um "controle excessivo" na campanha do presidente do PSDB, Pimenta da Veiga, e do secretário-geral tucano, Sérgio Motta. Para o PFL, apesar de o comando da campanha estar sendo exercido por membros dos três partidos da coligação (PSDB, PFL e PTB) em reuniões semanais, as decisões do dia-a-dia estão sendo tomadas apenas por Pimenta e Motta. Os pefelistas consideraram, por exemplo, precipitada a declaração dada anteontem pelo presidente do PSDB de que o petista Luiz Inácio Lula da Silva "é o candidato da inflação". Pimenta se baseou em uma pesquisa que aponta uma queda nas intenções de voto de Lula. Para o tucano, esta queda está relacionada com a deflação (inflação negativa) constatada nos preços em URV. Ontem, os líderes do PFL se perguntavam qual seria a reação do presidente do PSDB se Lula voltar a crescer nas pesquisas. Com relação a Motta, os pefelistas consideram errada sua avaliação de que as viagens de FHC pelo Nordeste são suficientes para que o candidato aumente seus indíces de votos na região. Segundo os pefelistas, essa lógica não funciona no Nordeste e desmerece o trabalho dos cabos eleitorais. Na avaliação do PFL, o aumento da popularidade do candidato nas viagens não seriam revertidos em votos consistentes. Isso só pode ser obtido, segundo essa análise, com o trabalho do dia-a-dia das lideranças locais. Texto Anterior: PFL quer que FHC faça mais campanha Próximo Texto: Ministro nega relação com viagens Índice |
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