São Paulo, sábado, 18 de junho de 1994
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TRECHOS

CHRIS MARKER

"Beneficiado pelo fato de que pode mostrar tudo, o cinema abdicou de seus poderes no campo do imaginário. Compare as duas versões de `Cat People'. E, assim como o cinema, este século talvez esteja prestes a pagar caro por ter abandonado o imaginário – ou, mais precisamente, prestes a render-se àqueles que possuem o seu, de baixo nível e em plena atividade."

"No dia seguinte, ele (John Grierson) quis ir ao Maracanã para encontrar Garrincha (...) Não sei em que língua os dois conversaram, mas deu para perceber que eles se entenderam perfeitamente."
(Nelson Pereira dos Santos)

"Sabendo exatamente o que Ford tinha na cabeça, Max Steiner projetou o filme ("O Delator") inúmeras vezes, sozinho na sala. Muitos anos depois me confessou que havia chorado em todas as projeções. E que foram muitas, o suficiente para ele se sentir completamente impregnado pela ira, pelos personagens e pelas emoções que atravessavam o filme como uma flecha rumo a um alvo. A música de Steiner nunca se desviou da trajetória dessa flecha."
(Samuel Fuller)

"Até hoje não sei se o cinema faz mal às pessoas, mais que o álcool, a droga e o fumo (...) se é responsável pela corrupção, pela agressividade, pela inveja, pelo medo, pela morte, pelas guerras (...) Sei, com certeza, que ele faz mal a quem o faz e bem a quem o vê. Ou vice-versa."
(Dino Risi)

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