São Paulo, segunda-feira, 20 de junho de 1994
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Koeman é quem manda na seleção holandesa

SÍLVIO LANCELLOTTI
DO ENVIADO A NOVA YORK

Nenhuma outra delegação chegou à Copa dos EUA com mais dinheiro na sua bagagem do que a seleção da Arábia Saudita.
Em vez de viajar até Washington D.C. num avião de carreira, a equipe dos petrodólares achou mais confortável contratar o Boeing 727 dos New York Yankees do beisebol.
Nenhuma grana do planeta, todavia, deve impedir que os jogadores dirigidos pelo folclórico argentino Jorge Raúl "Indio" Solari desabem diante da Holanda de Dick Advocaat. Os dois times nunca se enfrentaram oficialmente. Quem duvida, todavia, do favoritismo da "Laranja Mecânica"?
Mesmo num Mundial já confinado pelas surpresas, o estilo e a experiência dos dois elencos em confronto não admite indecisões.
A Arábia apenas faz a sua estréia na história da competição, não ostenta um único atleta com passagens por agremiações de outras nações, Solari precisa de dois intérpretes para se comunicar com o elenco -um do espanhol ao inglês, outro do inglês ao árabe.
Advocaat também enfrenta os seus problemas. Trata-se, porém, de dificuldades crônicas entre os nederlandeses. Depois que derrubou Ruud Gullit do trono de capitão, o líbero Ronald Koeman iniciou a fase das retaliações.
O excelente Winter, um dos amigos de Gullit na equipe, foi relegado à reserva por pressões de Koeman e de seu vice-xerife Jan Wouters. Outro aliado de Gullit, Rijkaard, o centralizador dos lances de meio-campo, se submeteu aos desígnios de Koeman e aceitou atuar como volante, num sistema 3-5-2 que, com a Holanda no ataque, facilmente se transforma em 3-3-4. Advocaat se limita a administrar as intenções de Koeman & Cia. (SL)

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