São Paulo, segunda-feira, 20 de junho de 1994
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Astrônomos descobrem planetas por meio de observação indireta

KATHY WOLLARD

As pessoas descobriram alguns objetos no espaço –como os anéis de Saturno– por observação direta. Elas realmente os viram.
Mas também existe observação indireta. Cientistas notam que objetos comportam-se de modo estranho, como se estivessem sob influência de um corpo invisível.
Como isto funciona? Digamos que o carteiro está virando a esquina e você não sabe. Então você vê um cachorro latindo.
Você pode supor que alguém com efeito magnético sobre cães está se aproximando.
Algo parecido aconteceu com a descoberta dos planetas mais afastados do Sol.
Em 1781, quando só seis planetas eram conhecidos, o astrônomo William Herschel descobriu Urano.
Quando os cientistas descobriram Urano, tentaram comparar seu movimento em torno do Sol com a órbita que haviam previsto para ele.
Infelizmente, Urano parecia ter idéias próprias e seu movimento era um tanto irregular.
Isso levou alguns cientistas a insinuar que a teoria da gravidade estava errada, já que o Sol não parecia exercer sobre Urano a mesma influência que exercia sobre planetas mais próximos.
Outros cientistas discordaram. Para eles, a explicação mais provável era que havia um outro planeta que não podia ser visto "puxando" Urano.
Em 1840, muitos cientistas tentaram prever a localização do oitavo planeta, usando matemática e as leis da gravidade.
Alguns astrônomos viram o que depois descobriu-se ser Netuno, mas acharam que era uma estrela. Em 1846, Netuno foi localizado por telescópio.
A órbita de Netuno não se encaixava nas previsões, sugerindo que havia mais um planeta.
Em 1905, Percival Lowell, astrônomo norte-americano, começou a procurar este planeta.
Mas foi apenas em 1930 que o astrônomo Clyde Tombaugh descobriu o objeto que aparecia nas fotografias tiradas no Observatório Lowell –Plutão.

Copyright Los Angeles Times Syndicate.

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