São Paulo, terça-feira, 21 de junho de 1994
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Caniggia é o maior problema da Argentina

SÍLVIO LANCELLOTTI
DO ENVIADO ESPECIAL

Três vezes finalista nas últimas quatro edições da Copa, em duas delas a campeã do planeta, a Argentina é a favorita absoluta, hoje, na sede de Boston, Grupo D da competição, contra a incipiente equipe da Grécia.
Na verdade, o jogo acontece às 13h30 em Foxboro, um subúrbio lindamente arborizado, com capacidade para 61.000 espectadores e um campo de dimensões oficiais, 105m x 68m.
Um árbitro americano se encarregará de mediar o combate, o engenheiro Arturo Angeles, 40, que fala fluentemente o espanhol.
As duas seleções jamais se enfrentaram em pelejas oficiais. A Grécia, porém, não tem história para surpreender a Argentina.
Disputa seu primeiro Mundial. Conseguiu a classificação numa chave eliminatória fácil, à frente da Rússia em crise, da Hungria em decadência, da amadora Islândia e do inexistente Luxemburgo.
Se a Fifa não tivesse suspendido a participação da ex-Iugoslávia, envolvida numa guerra civil, dificilmente a Grécia entraria na batalha decisiva em plagas dos EUA.
Alguns problemas preocupam o robusto Alfio Basile, apelidado "Coco", o treinador da Argentina.
Embora com "muchas ganas", uma incrível vontade de brilhar, Diego Maradona sente dores no seu joelho canhoto.
O zagueiro Sérgio Vazquez também padece de uma contusão de ligamentos, no seu joelho direito.
O lateral-apoiador Roberto Sensini, com cãibras, treinou sozinho, trotes leves, nos últimos dias.
Pior, para Basile, não cede o inchaço no dedão do pé esquerdo do atacante Cláudio Caniggia, sua esperança de velocidade nos dribles diante da rude defesa grega.
Caniggia corre, mas não consegue chutar. E a machucadura pode se agravar com um simples pisão.
O atleta da Roma da Itália ainda fará uma prova de vestiários, pouco antes da contenda. De prontidão, espera o rápido Ramón Medina Bello, o "Mencho", que atua no Japão. (Sílvio Lancellotti)

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