São Paulo, terça-feira, 21 de junho de 1994 |
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Estrelas de plantão provocam decepção
SÍLVIO LANCELLOTTI
Praticamente todos os astros de plantão estão decepcionando o rigor da estatística. Miguel Angel Nadal, o capitão da Espanha, a quem o treinador do seu Barcelona, o holandês Johann Cruyff, considera o melhor zagueiro do planeta, jogou apenas 25 minutos diante da Coréia do Sul, quase não pegou na bola, cometeu uma infração e acabou expulso. Pior se apresentou Marco "El Diablo" Etcheverry, armador da Bolívia. Convalescente de uma contusão, ficou no banco de reservas à espera de uma emergência. Entrou em campo no finalzinho do combate, deu um belo passe e, logo depois, tolamente, atingiu um inimigo pelas costas e viu o cartão vermelho. Total da sua participação: 2min47seg. Como Nadal, pegou duas pugnas de suspensão. Se a Bolívia não se classificar às oitavas, ele se tornará uma nota de pé-de-página na história do Mundial. O belga Scifo e o colombiano Valderrama, no papel os comandantes de suas equipes, não produziram um chute sequer. O mexicano Hugo Sánchez, recordista de gols em sua pátria, realizou um arremate para fora. O suíço Chapuisat, dois, idem. O italiano Roby Baggio, que a imprensa do globo previu se tornar o craque da Copa, chutou cinco vezes –nenhuma no alvo. (Silvio Lancellotti) Texto Anterior: De bom mesmo nesta Copa, só o Brasil Próximo Texto: Jogo técnico encontra dificuldades na Copa Índice |
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