São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 1994 |
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Refúgio Caiman une pecuária ao turismo
CARLOS MAGNO DE NARDI
Localizado a 36 km do município de Miranda e a 240 km de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, o refúgio Caiman é um complexo de 53 mil hectares estruturado em uma fazenda de gado do empresário Roberto Klabin, presidente da organização não-governamental SOS Mata Atlântica. O refúgio é dividido em quatro pousadas, a sede, Baiazinha, Cordilheira e Casa da Piúva, instaladas em locais inexplorados do Pantanal. São pousadas que combinam o rústico da decoração com instalações confortáveis e capacidade para, no máximo, 25 pessoas cada. Nessas pousadas pode-se vislumbrar um cenário onde convivem 250 espécies de aves, 90 de mamíferos, 50 de répteis e 260 de peixes, além de uma diversidade de árvores que vai desde a piúva pantaneira, passando pelo paratudo (ipê-amarelo), a figueiras, palmeiras e aroeiras. A observação da mata e dos animais é orientada por guias bilíngues com formação universitária nas áreas de biologia, agronomia, botânica e veterinária. Cada grupo de turistas segue um roteiro que começa logo nas primeiras horas da manhã e prossegue até a noite. Sempre acompanhados pelos guias, os turistas participam de passeios a pé por trilhas abertas no mato, a cavalo, em caminhão e em barcos a remo ou a motor. Para percorrer todas as trilhas do refúgio, os guias organizam 25 diferentes tipos de passeios. Os passeios a cavalo duram três horas em média. Nos passeios pelo rio Aquidauana, que cruza a fazenda, em barcos a remo ou a motor é possível observar tucanos, garças, martins-pescadores, periquitos, tuiuiús e jacarés. Os safáris fotográficos e de observação, mais longos, são realizados em caminhão. Nesse tipo de transporte, os turistas são levados às regiões distantes da fazenda, realizando também passeios à noite para, com lanternas potentes, encontrar grupos de capivaras e animais de hábitos noturnos. Pela manhã, é possível observar do caminhão tamanduás, emas e vários jacarés. Os pacotes para o refúgio são sempre de quarta-feira a sábado e de sábado a quarta. Os preços variam de US$ 700 (CR$ 1,65 milhão) a US$ 1.150 (CR$ 2,71 milhões) por pessoa. Para o turista que prefere uma programação mais aventureira, a opção é solicitar a inclusão nos programas itinerantes com passagens por pousadas diferentes. Os pacotes incluem pensão completa, todos os passseios e translados do aeroporto de Campo Grande para o refúgio em avião ou em "vans". (CMDN) Conversões feitas pelo dólar a CR$ 2.355,00. Texto Anterior: Cenário muda totalmente a cada estação Próximo Texto: Região atrai 70 mil ecoturistas estrangeiros Índice |
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