São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 1994
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Cartografia antecede a escrita

FREDERICO MENGOZZI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Todo mundo já foi cartógrafo um dia. Aquele rabisco que indica a loja tal, aquele desenho que mostra onde fica a chácara, tudo isso é, rudimentar que seja, cartografia.
"A confecção de mapas antecede a escrita e é aparentemente uma aptidão humana", disse o cartógrafo americano Erwin Raisz.
A origem da cartografia esteve ligada aos deslocamentos do homem e, quando se fixou, ao estabelecimento de seus domínios.
O mapa mais antigo que existe (3000-2500 a.C.) representa o norte da Mesopotâmia, mas foram os gregos que imprimiram ciência à arte de fazer mapas.
Eles acreditavam na esfericidade da Terra, estabeleceram a noção de pólos, equador e trópicos, empreenderam as primeiras medidas da circunferência terrestre e criaram o sistema de coordenadas geográficas –latitude e longitude.
A atividade de Cláudio Ptolomeu (90-150 d.C.) marcou o ápice da cartografia do mundo antigo, para depois cair no esquecimento.
A moderna cartografia surgiria no fim da Idade Média, com os descobrimentos marítimos e a primeira circunavegação terrestre.
Os europeus aperfeiçoaram os conceitos cartográficos e conseguiram maior exatidão pelo aprimoramento das artes gráficas.
O flamengo Gerhard Mercator (1512-94) e o francês Nicolas Sanson (1600-67) criaram, respectivamente, os sistemas de projeção conforme e equivalente.
A partir do século 18, a cartografia passa de empreendimento particular a público, por influência dos exércitos.
(FMe)

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