São Paulo, sexta-feira, 24 de junho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Miss MacLaine está pra lá de previsível

Machão dobra megera mais uma vez

FERNANDA SCALZO
DA REPORTAGEM LOCAL

Filme: O Guarda-Costas e a Primeira Dama
Produção: EUA, 1994
Direção: Hugh Wilson
Elenco: Shirley MacLaine, Nicolas Cage, Austin Pendleton, Edward Albert e Richard Griffiths
Cinemas: Bristol, Olido 1 e Center Norte 2

"O Guarda-Costas e a Primeira Dama" é aquela história da mulher dura e amarga que descobre sua vida por um fio e se revela doce. Você já deve ter visto "n" filmes como este. É apenas mais um.
Shirley MacLaine é Tess Carlisle, viúva de um presidente americano, que passa o resto de sua vida isolada em uma casa no interior, protegida por seis guarda-costas do Serviço Secreto.
Um deles é Douglas Chesnic (Nicholas Cage –não dá para entender o que ele está fazendo nesse filme), o preferido da primeira-dama. É este "típico machão americano que prefere ver uma reprise de `Mr. Ed' na TV a assistir a uma ópera", nas palavras de Tess, que vai efetuar a missão previsível de dobrar a megera.
Os dois estabelecem aquela relação de amor e ódio que alimenta dezenas de filmes americanos. O pior é que o filme prefere não apostar em relação nenhuma.
Nicolas Cage poderia ser filho de Shirley MacLaine. Até aí, nada impede que tivessem um romance. Mas não têm. Fica qualquer coisa entre uma relação mãe-filho com fagulhas incestuosas e uma relação homem-mulher com a explosão reprimida.
Mas não é somente o roteiro de "O Guarda-Costas e a Primeira Dama" que é totalmente previsível. As caras e caretas de Shirley MacLaine também são.
Nem os fãs incondicionais da atriz devem aguentar.

Texto Anterior: 'Vagas para Moças' é teatro (mal) filmado
Próximo Texto: UBE estende até agosto as inscrições para o prêmio
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.