São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 1994
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Knight disse que detestava publicidade

NELSON BLECHER
DO ENVIADO ESPECIAL A CANNES

Numa entrevista, Philip Knight confessou que detestava publicidade. A Nike, disse, atingiu o primeiro US$ 1 bilhão, em 87, sem grandes esforços de comunicação.
Mas em meados dos anos 80 um muro surgiu à frente da Nike. A Reebok destronou-a da liderança ao lançar um modelo feminino de tênis aeróbico. A Nike enfrentou a rival com uma linha chamada Air Jordans, em referência ao astro do basquete Michael Jordan.
Foi importante para assegurar crescimento porém insuficiente em termos de imagem. Onze anos atrás, Knight contratou os serviços de uma agência norte-americana, a Wieden & Kennedy. Suas campanhas passaram a associar a marca ao mundo esportivo.
Knight conta que elas são planejadas com oito meses de antecedência mas podem ser modificadas devido ao dinamismo dos esportes. O empresário, que antes detestava publicidade, hoje se envolve pessoalmente com ela.
Em 1993, Knight foi celebrado pela revista "Sporting News" como "a mais poderosa personalidade dos esportes". A fama também rendeu acusações de explorar as "inocentes aspirações" de atletas jovens e envolveu a Nike em processos nos quais adolescentes roubaram e até mataram para possuírem seus Air Jordans.
Knight defende-se. Diz que apesar da fantasia na publicidade, acredita que os consumidores podem distingui-la da realidade.
Ele diz que, no futuro, a empresa vai apostar nas vendas à domicílio através de computador ou TV a cabo, hoje já parte do marketing da Nike. (NB)

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