São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 1994![]() |
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Mascarados do Kiss voltam à cena musical
MARCEL PLASSE
Apesar de gravar cada vez menos –só dois LPs nos anos 90–, a imagem do grupo continua presente entre as novas gerações. Passados 20 anos do primeiro LP do Kiss, uma onda de tributos, bandas covers e tatuagens com o rosto dos integrantes da banda consome a América. Por telefone de Los Angeles, nos EUA, o cantor e compositor Paul Stanley falou à Folha sobre a Kissmania e o reconhecimento tardio da importância da banda. Folha - Kiss sempre foi tratado como piada. O que você acha do reconhecimento da banda como influência do rock atual? Paul Stanley - Sensacional, principalmente para os fãs que nos acompanham há 20 anos, sem se importar com o que diziam de nós. Eles devem se sentir vingados ao ver algumas das melhores bandas do mundo afirmarem que Kiss é uma grande influência musical. Folha - O que você diz para quem subestimou e agora tem que admitir o poder do Kiss? Stanley - Digo: "Antes tarde do que nunca". Mas se você não gosta de nós, dane-se. Quem dá a mínima? Minha vida não é longa o suficiente para agradar nem às pessoas de quem gosto. Folha - Você aprova a coletânea "Kiss My Ass"? Stanley - Sim, a considero uma honra, porque as pessoas só prestam tributo a quem está morto ou acabado. E aqui estamos nós, 20 anos depois, prestes a fazer uma turnê pela América do Sul, longe de estar em fim de carreira. Folha - Você acha que Garth Brooks, que canta no disco-tributo, foi influenciado por Kiss? Stanley - Ele me disse que sim. Se você reparar, vai ver que os shows de Garth Brooks não são muito diferentes dos nossos. É estranho ver que o que fizemos também influenciou o country. Folha - Você chegou a ouvir o primeiro disco-tributo ao Kiss? Stanley - Sim. "Hard to Believe" tinha tantas bandas novas influenciadas por Kiss, inclusive Nirvana, que pensamos: "Não seria bom um LP com bandas mais conhecidas?". Foi daí que surgiu a idéia de "Kiss My Ass". Folha - Você aprova as bandas covers que se fantasiam de Kiss? Stanley - Se for feito no espírito certo, como celebração, tudo bem. Mas sou contra as bandas que fazem isso para ganhar dinheiro. Folha - A Kissmania se detém sobre as maquiagens dos anos 70. Você não se arrepende de ter abandonado essa fase? Stanley - Não, nunca. Era hora de mudar. Os últimos shows que fizemos com a maquiagem foram no Brasil. Mas nossa música continua tão poderosa quanto antes. Folha - Como "sex symbol" da banda, o que você lembra das fãs brasileiras? Stanley - Muitas peças de biquinis, que ganhei na praia. Algumas fãs foram ao hotel para me dar as peças que faltavam. Texto Anterior: Tributo aposta na repetição Próximo Texto: FILMES NA TV Índice |
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