São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 1994 |
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Grupos se organizam por idade e profissão
FERNANDO CANZIAN
Os participantes norte-americanos e de outros países, ao contrário, dividiam-se por tendências ou preferências sexuais, por faixa etária e até por empresas ou categorias profissionais. Os jogadores do time de vôlei do Brasil nos Gay Games, que ganhou a medalha de bronze, participaram da passeata. Também havia brasileiros em grupos pequenos e não-organizados. "Isso aqui é uma demonstração de respeito aos homossexuais e às minorias. Em um momento como esse é que percebemos a distância que existe entre a evolução dos países do Primeiro Mundo e de um lugar atrasado e preconceituoso como o Brasil", disse à Folha Marcelo Godoy, 28, que marchava com mais dois amigos brasileiros. Entre os norte-americanos existiam dezenas de grupos diferentes. O grupo "Ação dos Idosos em um Ambiente Gay", com participantes de mais de 60 anos, participou da passeata em um ônibus de dois andares. Atrás, seguiam mais de 50 velhinhos, alguns em cadeiras de rodas com motores elétricos. Os funcionários homossexuais da IBM se reuniram pela primeira vez, segundo O.G. (que preferiu não revelar o nome), para participar do evento. Eles vestiam uma camiseta com a inscrição "Think" (pense) com as cores do arco-íris. "Think" é uma expressão usada em uma conhecida campanha publicitária da IBM. Havia ainda a "Congregação Mundial dos Judeus Gays e Lésbicas", os "Índios Americanos Gays", que entoavam gritos de guerra indígenas, a "Associação Nacional dos Advogados Gays e Lésbicas", a "Associação Nacional dos Pilotos Gays", e os "Digital Queers" (bichas digitais), um grupo de usuários de uma rede pública de computadores de Nova York. (FCz) Texto Anterior: Passeata homossexual reúne 600 mil em NY Próximo Texto: Heterossexuais participam e polícia colabora Índice |
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