São Paulo, terça-feira, 28 de junho de 1994
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Governo vende café para conter os preços

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O café entra no real em plena colheita, com os preços em alta nos mercados interno e externo e com previsão de queda de consumo entre os brasileiros apesar do plano econômico.
"O consumo interno deve ficar em 8,4 milhões de sacas, contra 9,1 milhões de sacas do ano passado", diz Américo Sato, presidente da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café).
A queda de consumo é consequência direta da alta do preço do grão. Os produtores, por exemplo, que recebiam menos de US$ 70 pela saca do produto há um ano, estão vendendo a saca por algo entre US$ 130 e US$ 150.
Para conter a alta, o governo começou, no final de maio, a leiloar o produto armazenado que pertencia ao extinto IBC (Instituto Brasileiro do Café).
Sato acredita que com os leilões o governo deve evitar nova alta nos preços. "O quilo do café para a indústria já está estabilizado em 5,90 URVs", diz.
"O mercado está tranquilo e o máximo que deve haver é um aumento de 10% nas vendas, no início do plano, porque os atacadistas devem voltar a comprar o produto para fazer estoque", diz José Luiz Burato, chefe de comercialização da Garcafé (Coperativa dos Cafeicultores da Região de Garça), a 423 quilômetros de São Paulo. (SB)

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