São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 1994
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Bicampeão quer time ofensivo

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-goleiro Gilmar dos Santos Neves, bicampeão mundial pela seleção brasileira nas Copas de 58 e 62, foi seco ao comentar o desempenho do Brasil, ontem, contra a Suécia. "O time não jogou nada", afirmou.
Gilmar considerou excessivamente cauteloso o esquema do técnico Carlos Alberto Parreira, o que, na sua opinião, não permitiu que a equipe obtivesse a vitória.
"Todo mundo sabia que a Suécia jogaria com apenas um atacante. O Parreira tinha que formar o time mais ofensivo", declarou.
O bicampeão reclamou que, mesmo substituindo, Parreira manteve o time com aspecto defensivo. "Com o Mazinho até que o time ganhou um pouco de fôlego. Mas o Paulo Sérgio entrou e a equipe continuou jogando na defesa. Assim não se ganha jogo de Copa do Mundo", analisou.
Gilmar sugeriu os nomes dos atacantes Viola, do Corinthians, e do novato Ronaldo, do Cruzeiro, para deixar a equipe mais agressiva a partir das oitavas-de-final.
"Muller também é uma opção", lembrou Gilmar.
"Temos que ter gente para atacar. A Suécia estava jogando na defesa, explorando os contra-ataques, e assim mesmo não conseguíamos criar oportunidades de gol."
O ex-goleiro elogiou, no entanto, uma das alterações de Parreira. "O Mazinho é uma boa opção para deixar o meio-campo mais ágil. O jogador deve ser mantido no time", afirmou.

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