São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994
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IGP-M alcança 45,2% em junho

DA SUCURSAL DO RIO

O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) de junho ficou em 45,21% em junho, 2,63 pontos percentuais acima do índice no último mês, 42,58%.
A taxa de junho foi divulgada ontem pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). O índice, calculado para as instituições do mercado financeiro, foi apurado entre os dias 21 de maio e 20 de junho.
Em abril, o IGP-M havia ficado em 40,91%. Em junho o item Vestuário foi o que registrou maior variação (63,57%), seguido de Saúde e Cuidados Pessoais (52,50%) e Educação, Leitura e Recreação (49,69%.
Este ano, o IGP-M acumulou variação de 732,26%. Nos últimos 12 meses, o índice registrou 4.852,8%.
Em junho de 1993, a inflação medida pela Fundação Getúlio Vargas alcançou 31,49%.
O ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, acredita que, após o Plano Real, a inflação cairá substancialmente.
Um estudo da própria FGV, publicado este mês, revelou que o custo da inflação no Brasil foi de US$ 25 bilhões –que correspondem a 5,6% do PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo o estudo, o Estado lucrou US$ 15 bilhões com a desvalorização da moeda em circulação na economia. Esse valor corresponde a um verdadeiro imposto inflacionário.
Os restantes US$ 10 bilhões foram lucros contabilizados pelos bancos, obtidos com os depósitos em conta corrente, que não têm correção monetária, e com a demora no repasse dos impostos recolhidos.
Os setores mais pobres da população, que não dispõem de qualquer mecanismo de defesa contra o aumento dos preços, são os mais prejudicados pela inflação.

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