São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994
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Sunab notifica mais três supermercados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

A Sunab (Superintendência Nacional de Abastecimento) notificou ontem mais três supermercados de Brasília por suspeita de aumentos abusivos de preços.
Os donos dos supermercados têm prazo de até cinco dias para apresentar notas fiscais e justificativa para a elevação dos preços.
Se ficar comprovado que os índices de aumento superaram as margens de lucro, os supermercados podem ser enquadrados na Lei Antitruste.
As blitz nos supermercados Carrefour (Asa Norte e Park Shopping) e Sab fazem parte da estratégia da Sunab de monitorar preços dos produtos da cesta básica em todo o país durante o período de implantação do real.
No Carrefour, a Sunab constatou que, no período de cinco dias, houve aumentos expressivos nos preços do macarrão Emegê (214%), Maizena (93%), ovos (92%), leite em pó Ninho (60%), Sal Cisne (65%), shampoo Opus (75%), entre outros.
Os maiores aumentos no Sab ficaram por conta do óleo de soja Soya (32%), açúcar cristal Brasília (27%), leite em pó Ninho (20%), açúcar refinado União (25%) e margarina Delícia (23%).
No mesmo período, a variação da URV (Unidade Real de Valor) foi de 8%.
Paraíba
A Sunab da Paraíba fez convênio com o Procon e Curadoria do Consumidor de João Pessoa com o objetivo de fiscalizar todo o comércio das principais cidades do Estado até uma semana depois da implantação do real.
O trabalho já foi implantado em João Pessoa, Campina Grande, Patos, Sousa, Cajazeiras e Catolé do Rocha.
Segundo o delegado da Sunab, Raimundo Fontenelle, os preços da semana que antecede o real serão confrontados com os preços da primeira semana pós-real.
"Os abusos serão punidos com rigor", disse Fontenelle. Segundo ele, as multas para quem cometer abuso variam de 150 mil a 200 mil Ufirs (unidade fiscal de referência).

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