São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 1994
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Bolsa acumula alta de 23% em três pregões

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

As instituições financeiras levaram um susto ontem no mercado de câmbio. Quem especulou e manteve dólares em caixa teve um pesado prejuízo.
Ontem, as instituições precisavam "zerar" as posições compradas e vendidas.
O Banco Central realizou dois leilões para equilibrar o mercado. Houve um leilão de compra a CR$ 2.612,50 e outro de venda a CR$ 2.698,46.
O detalhe é que o BC comprou dólar comercial com cotação inferior a do dia anterior. A diferença entre a compra e a venda foi de 3%.
A procura por dólar no paralelo manteve-se reduzida. O ágio (diferença entre o dólar comercial e o flutuante) foi de 0,43%.
As Bolsas de Valores operaram em alta pelo terceiro dia consecutivo. O índice Bovespa (da Bolsa paulista) registrou valorização de 7,4% e o da congênere carioca de 6,8%.
O índice da Bolsa paulista acumulou alta de 23% nos últimos três pregões.
As ações da Eletrobrás PN (+10,5%) e da Telebrás ON (+9,9%) estiveram entre as maiores altas na Bolsa paulista.
Os investidores voltaram a comprar ações, esperando o Plano Real com otimismo. Os volumes de negócios estão crescendo nas Bolsas.
A Bolsa paulista anunciou ontem que foi aprovada como mercado estrangeiro de títulos pela Japan Securities Dealers Association, associação que autoriza a realização de investimentos nos mercados internacionais. A partir de agora, qualquer investidor japonês pode aplicar no Brasil através da Bovespa.
Os juros para capital de giro chegaram ontem a 135% ao ano mais URV. O dinheiro é farto para o crédito, mas não há procura.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 1,766% no último dia 27, projetando rendimento de 43,39% no mês. Segundo a Andima, a taxa média foi de 62,23% ao mês, significando rentabilidade diária de 2,07%, projetando rendimento de 50,68% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 60,77% ao mês, contra 62,63% ao mês no dia anterior.

CDB e caderneta
As cadernetas que vencem dia 28 rendem 45,8757%. As taxas dos CDBs de 30 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 8% e 18% ao ano. As taxas dos CDBs em URV variaram entre 93% e 105% ao ano.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: variaram de 60,80% a 62% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): variaram entre 100% e 135% ao ano, contra 100% e 105% ao ano em URV no dia anterior.

No exterior
Prime rate: 7,25% ao ano. Libor: 5,1875%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: o índice fechou a 38.283 pontos com alta de 7,4% e volume financeiro de CR$ 761,503 bilhões, contra CR$ 500,380 bilhões no dia anterior. Rio: alta de 6,8% (I-Senn), fechando com 146.457 pontos e volume financeiro de CR$ 91,624 bilhões, contra CR$ 50,408 bilhões no dia anterior.

Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou com 3.667,05 pontos, contra 3.669,64 pontos no dia anterior. O índice Financial Times em Londres fechou a 2.297,80 pontos, contra 2.259,30 no dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.481,00 pontos, contra 20.639,23 pontos no dia anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 2.612,50 (compra) e CR$ 2.698,46 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 2.646,98 (compra) e CR$ 2.647,00 (venda). "Black": CR$ 2.670,00 (compra) e CR$ 2.710,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 2.655,00 (compra) e CR$ 2.665,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 2.570,00 (compra) e CR$ 2.770,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 2,16%, fechando a CR$ 33.510,00 o grama na BM&F, movimentando 2,53 toneladas, contra 1,73 tonelada no dia anterior.

No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada a US$ 1,5472, contra US$ 1,5470 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5480 marco alemão, contra 1,5855 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 99,27 ienes, contra 100,35 ienes. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 386,20.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para junho fechou em 47,92%, contra 48,13% no dia anterior.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para junho ficou em 41,42%, contra 42,00% no dia anterior.
O índice Bovespa futuro em URV fechou a 15,30 pontos, com expectativa de valorização de 4,83% ao mês.

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