São Paulo, sexta-feira, 1 de julho de 1994
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Sunab não tem estrutura para fiscalizar os aumentos abusivos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Sunab (Superintendência Nacional de Abastecimento) não tem estrutura para monitorar os aumentos abusivos nos supermercados.
Se o órgão decidir fiscalizar os preços das 400 maiores empresas do setor, a relação de fiscais por supermercado é de um para 12. São 334 fiscais para 4.038 lojas.
A desvantagem dos fiscais por estabelecimentos de auto-serviço (que, além dos supermercados, inclui lojas de conveniência, mercados etc.) é ainda maior: um para cada 96. Enquanto o número de fiscais é de 334, as lojas de auto-serviço chegam a 32 mil.
Os números de supermercados e estabelecimentos de auto-serviço são da Abras (Associação Brasileira dos Supermercados).
O próprio ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, admitiu ontem que o governo não tem como fiscalizar os aumentos abusivos.
Os Estados do Sul são os que possuem menos poder de fiscalização. Para cada fiscal da Sunab em Santa Catarina, existem 121 supermercados. No Paraná, a relação é de um para 79, e, no Rio Grande do Sul, um para 57. Em São Paulo, são 23 para cada fiscal.
O superintendente nacional da Sunab, Celsius Lodder, prefere dizer que o órgão vai "acompanhar" e não monitorar os preços.

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