São Paulo, sexta-feira, 1 de julho de 1994 |
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Sobram dólares no mercado paralelo
RODNEY VERGILI
No mercado cambial, os bancos procuraram reduzir o volume de operações, aguardando o megaleilão do Banco Central no período da tarde. Isso porque tiveram pesados prejuízos no dia anterior. O mercado trabalhou durante o período da manhã a CR$ 2.612,50 para compra e CR$ 2.750,00 para venda. O BC realizou o leilão à tarde para "zerar" o mercado com cotação unificada para os mercados do dólar comercial e flutuante: CR$ 2.557,50 para compra e CR$ 2.750,00 para venda. O Banco Central comprou dólar ontem com cotação inferior à do dia anterior. Os investidores procuraram ontem se desfazer da moeda norte-americana para aplicar no mercado financeiro. O dólar no paralelo voltou a apresentar deságio, ou seja, a cotação da moeda norte-americana no comercial ficou acima da do "'black". O deságio ontem foi de 0,73%. O mercado não apresentava deságio desde 31 de maio (-0,01%). Os investidores estavam aplicando no dólar no paralelo como forma de se prevenir de eventuais confiscos. Como não houve alterações nas medidas –há meses anunciadas pelo governo– os especuladores começaram a desovar a moeda norte-americana. O mercado financeiro começou a trabalhar com expectativa de juros para julho. No mercado futuro de DI, a estimativa de taxa de juros acumulada para o próximo mês era ontem de 7,22%. No mercado de CDI, a taxa média do over foi de 10,91% ao mês. As Bolsas de Valores operaram ontem em baixa de 5,36% em São Paulo e 4,4% no Rio (Senn), por causa da expectativa de desestímulo a aplicações de investidores estrangeiros no mercado acionário. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 1,866% no último dia 28, projetando rendimento de 43,81% no mês. Segundo a Andima, a taxa média do over foi de 60,62% ao mês, significando rendimento diário de 2,02%, com rentabilidade de 50,60% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média de 10,91% ao mês, contra 60,77% ao mês no dia anterior. CDB e caderneta As cadernetas que vencem dia 28 rendem 45,8757%. As taxas dos CDBs de 32 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 8% e 16,5% ao ano. As taxas dos CDBs em URV variaram entre 100% e 115% ao ano, contra 93% e 105% ao ano. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: média de 11,18% ao mês. Para 32 dias (capital de giro): taxa prefixada de 7,60% ao mês. No exterior Prime rate: 7,25% ao ano. Libor: 5,1875%. AÇÕES Bolsas São Paulo: o índice fechou a 36.231 pontos com baixa de 5,36% e volume financeiro de CR$ 477,415 bilhões, contra CR$ 761,503 bilhões no dia anterior. Rio: queda de 4,4% (I-Senn), fechando com 140.000 pontos e volume financeiro de CR$ 341,572 bilhões, contra CR$ 91,624 bilhões no dia anterior. Bolsas no exterior O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou com 3.624,96 pontos, contra 3.667,05 pontos no dia anterior. O índice Financial Times em Londres fechou a 2.276,70 pontos, contra 2.297,80 no dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.643,93 pontos, contra 20.481,00 pontos no dia anterior. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 2.557,50 (compra) e CR$ 2.750,00 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 2.698,00 (compra) e CR$ 2.698,46 (venda). "Black": CR$ 2.660,00 (compra) e CR$ 2.730,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 2.660,00 (compra) e CR$ 2.720,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 2.600,00 (compra) e CR$ 2.750,00 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: queda –a primeira deste ano– de 1,82%, fechando a CR$ 32.900,00 o grama na BM&F, movimentando 1,96 tonelada, contra 2,53 toneladas no dia anterior. No exterior Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada a US$ 1,5490, contra US$ 1,5472 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5910 marco alemão, contra 1,5480 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 98,95 ienes, contra 99,27 ienes. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 385,80. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para julho fechou em 7,22% ao mês. O índice Bovespa futuro em URV fechou a 14,10 pontos, com expectativa de valorização de 4,43% ao mês. Texto Anterior: Sunab não tem estrutura para fiscalizar os aumentos abusivos Próximo Texto: Mensalidade em CR$ terá que usar a média Índice |
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